Cesar Augusto Cavazzola Junior
Eu retomei a escrita deste trabalho (foto), que leva o título provisório de “Como nos tornamos homens”.
Comecei a compô-lo ainda em Porto Alegre, em 2016, depois de umas frescuras emocionais, por assim dizer.
Eu escrevi um longo esboço do livro em 3 agendas velhas, em cerca de 3 meses de trabalho. Acumulei ainda centenas de papeletes, com trechos que me apareciam nos momentos mais impróprios. Quando as ideias vêm, dá-se um jeito de não as perder. As ideias flutuam, somem com a mesma facilidade que aparecem.
Pra mim, no entanto, embora um método prolífico e prático, torna-se penoso com o tempo. Você acaba acumulando tantos rabiscos, fazendo do seu trabalho mais uma colcha de retalhos do que qualquer outra coisa.
Esses retalhos são o que me restam daqueles tempos de Porto Alegre, quando na minha vida não havia a Juliana, nem o Benício, nem o Antônio – era um período muito vazio.
Os nossos escritos às vezes precisam de tempo para amadurecer, não adianta acelerar o processo.
Os desafios agora são maiores. Se Deus assim me permitir, creio que dentro de alguns meses eu tenha uma versão satisfatória. Depois, mais outros meses de revisões intermináveis, até encontrar um editor louco o suficiente para publicá-lo.