Relativismo Moral e Linguagem

Hoje em dia, muitas pessoas promovem a causa comunista sem perceber, usando relativismo moral e manipulação da linguagem. As ideias são adaptadas para manter a causa viva, com indivíduos que se apresentam como benevolentes, mas muitas vezes estão cheios de “superioridade moral”, no pior sentido da expressão.

No passado, Marx se apoiou em Hegel e Fleuerbach para mudar a história do mundo. De acordo com a dialética histórica de Hegel, a história segue esta ordem:

Tese + Antítese = Síntese

Para Fleuerbach, na dialética histórica, o homem criou Deus para se entender. Para o filósofo alemão, o motor do mundo é a luta de classes:

Aristocracia (tese) + plebeus (antítese) = cristianismo (síntese)

Feudalismo (tese) + camponeses (antítese) = burguesia (síntese)

Burgueses (tese) + proletariado (antítese) = revolução do proletariado (síntese)

Assim, a revolução do proletariado é a síntese da “libertação das massas”. O Manifesto do Partido Comunista marcou o início dessa cultura. A agenda socialista é crucial para o comunismo. Se não entender os termos, você pode inadvertidamente apoiar o comunismo. A linguagem é o meio, e a Lei e o Estado são os principais atores. É como quando o mágico diz “preste atenção aqui!”, mas o truque ocorre em outro lugar.

Hoje, muitas pessoas promovem a causa comunista sem perceber, usando relativismo moral e manipulação da linguagem como ferramentas. As ideias são adaptadas para manter a causa viva. São indivíduos que se apresentam como benevolentes, mas estão inflados de “superioridade moral”.

Pessoas mal sucedidas dão conselhos sobre como ganhar dinheiro, jovens estudantes inexperientes atuam como coaches, pessoas sem filhos ensinam como educar crianças, políticos corruptos falam de ética e endividados fingem sucesso. Eis um resumo.

Se você não consegue unir o país em torno de um propósito, cria divisões entre os grupos. Hitler usou essa estratégia para chegar ao poder na Alemanha, como destaca Steven Pinker:

Hitler inegavelmente foi influenciado pelas versões abastardas do darwinismo e da genética que se popularizaram nas primeiras décadas do século XX, e citou especificamente a seleção natural e a sobrevivência dos mais aptos quando expôs sua doutrina venenosa. Ele acreditava no darwinismo social extremo no qual os grupos eram a unidade de seleção e a luta entre os grupos era necessária para o vigor e a força da nação. Acreditava que no darwinismo social extremo no qual os grupos eram a unidade de seleção e a luta entre os grupos era necessária para o vigor e a força da nação. Acreditava que os grupos eram raças constitucionalmente distintas, que seus membros compartilhavam uma constituição biológica distinta e que diferiam uns dos outros em força, coragem, honestidade, inteligência e espírito cívico. Escreveu que a extinção de raças inferiores era parte da sabedoria da natureza, que as raças superiores deviam sua vitalidade e virtude à sua pureza genética e que corriam perigo de degradar-se com cruzamentos com raças inferiores. Hitler usou essas crenças para justificar sua guerra de conquista e seu genocídio de judeus, ciganos, eslavos e homossexuais. (1)

A Estratégia Cloward-Piven está sendo aplicada rigorosamente: sobrecarregar o sistema para destruir a sociedade ou o capitalismo, tornando todos dependentes do Estado. Esta é a verdadeira “Estratégia da Crise”.

(1) PINKER, Steven. Tábula rasa: a negação contemporânea da natureza humana. Tradução de Laura Teixeira Motta. São Paulo: Companhia das Letras, 2004. p. 216.

Leia também...

Quando todo Afonso vira Frei

Frei Afonso é muito conhecido aqui na região de Mogi-Mirim. Não só é nosso pároco, como o sujeito que me casou – ainda não sei

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

L’art est l’imitation de la nature

Au lever des temps, les sages répétaient : “L’art est l’imitation de la nature.” Platon, dans sa majestueuse sagesse, proclamait cette vérité éternelle, tissant le

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Letramento: Lusíadas, Canto I, 7

Árvore: família, árvore genealógica Cesárea: imperial (os imperadores da Alemanha, que se chamavam de Césares). No ocidente da Europa otitulo de imperador romano, extinto com

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Letramento: Lusíadas, I, 2

Memórias gloriosas: Sinédoque: tipo especial de metonímia baseada na relação quantitativa entre o significado original da palavra us. e o conteúdo ou referente mentado; os

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Letramento: Lusíadas, I, 1

As armas e os barões: “Hendiadis”: uma forma latinizada da frase grega ἓν διὰ δυοῖν ( hèn dià duoîn ) ‘um a dois’. Figura (de

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Linguagem e realidade

Cesar Augusto Cavazzola Junior A harmonia é um prazer aos sentidos. Sobre a pele, o veludo ou a faca de corte? No paladar, o saboroso

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Letramento: Lusíadas, Canto I, 5

Fúria: voz arrebatadora Peito acende: incita o ânimo Ao gesto: ao rosto. Faz o sangue refluir às faces, avermelhando-as Que: para que Agreste: campestre Avena:

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

A oração e seus elementos

Cesar Augusto Cavazzola Junior Imagine-se sendo acordado no meio da noite pelo seu vizinho, aos berros: – Fogo! Ou mesmo seu professor interrompendo a conversa

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Café com a morte

Cesar Augusto Cavazzola Junior Eu:     Morte, minha amiga           Companhia a confessar           A história de uma vida           Sem ousar me lastimar. Morte:

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

O mágico

De Cesar Augusto Cavazzola Junior No calor abrasador da capital, em pleno pico de verão, formava-se um tumulto bem em frente à Praça da Catedral

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Para quem se mete a escrever

Cesar Augusto Cavazzola Junior Como disse Eugène Ionesco: “Devemos escrever para nós mesmos. É assim que poderemos chegar aos outros.” Não são raros os sujeitos

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Letramento: Lusíadas, Canto I, 3

Cessem (de ser cantadas) as navegações: Figura de linguagem: Zeugma. Subentende-se o verbo do segundo membro do período. Troiano: referência a Eneias. Figura de linguagem:

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Educação Liberal 

Palestra de Olavo de Carvalho Rio de Janeiro, 18 de Outubro de 2001 Transcrição: Fernando Antônio de Araújo Carneiro Revisão: Patrícia Carlos de Andrade Agradeço

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Os desafios de escrever um livro

Cesar Augusto Cavazzola Junior Eu retomei a escrita deste trabalho (foto), que leva o título provisório de “Como nos tornamos homens”. Comecei a compô-lo ainda

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Ressignificando símbolos

Cesar Augusto Cavazzola Junior O homem é um ser que está intimamente ligado com símbolos e aquilo que eles representam. A sociedade atual, diante do

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Quanto vale um abraço?

Cesar Augusto Cavazzola Junior Eu gosto do sistema capitalista. O capitalismo permite que nosso trabalho se especialize. A long, long time ago, quando alguém produzia

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

O “projeto moderno”

Cesar Augusto Cavazzola Junior O século XV é marco da Revolução Comercial, período marcado pelas grandes navegações, que uniram o “velho” e o “novo” mundo,

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Somos realmente modernos?

Cesar Augusto Cavazzola Junior O que deveria estar facilitando as nossas vidas pode estar, no fundo, nos distraindo Em estudo divulgado pela revista Science, cujo

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Que é o direito?

Que é o direito? Olavo de Carvalho Seminário de Filosofia, 22 de setembro de 1998. Se o poder, como se viu na Primeira Aula, é possibilidade

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Para quem deseja escrever

A seguir, vou postar uma lista de livros organizada por João Felipe, publicada no site “Ofício Literário”, sobre técnica literária e escrita. A lista está

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

O Latim não é uma língua

A seguir, disponibilizo uma breve transcrição da palestra do prof. Rafael Falcón “O Latim não é uma língua”, proferida no Congresso de Educação Católica 2018.

Ler mais »
Blog
Cesar Augusto Cavazzola Junior

Latim, afinal, para quê?

*Cesar Augusto Cavazzola Junior Com a adoção do método de Paulo Freire nas escolas, nossa inteligência não caiu em constante e sutil queda, mas despencou

Ler mais »