De Cesar Augusto Cavazzola Junior
No calor abrasador da capital, em pleno pico de verão, formava-se um tumulto bem em frente à Praça da Catedral de interessados, de passantes, de transeuntes.
“Se a curiosidade havia matado o rato”, já dizia o velho ditado, “a melhor forma de escapar de uma tentação é caindo nela”, contrastando com o célebre Oscar Wilde.
Cavouquei buracos entre gentes, penetrando nas brechas. Encontrei espaços para saber o que se passava no meio de toda aquela gente, que já se sufocavam do aperto e do sol que se aplainava sobre suas cabeças.
– Respeitável público, com qual de vocês, entre os muitos que aqui estão, farei esta mágica com todo o meu coração? – dizia o velho mágico, com lá os seus “sessenta e doze” anos.
Atento às suas palavras, bem no fundo eu já sabia que, quando o mágico diz “preste atenção aqui”, é porque o truque está sendo feito noutro lugar…