Cesar Augusto Cavazzola Junior
Tágides: são as ninfas do Tejo (rio mais extenso que banha Portugal e Espanha). O rio Teja nasce na Serra do Albarracim (ESP); após percurso de mil quilômetros, deságua no Atlântico, formando um estuário* em Lisboa.
*estuário: uma área ao longo da costa onde um rio se junta ao mar. Do estuário do Tejo partiram as naus e caravelas dos descobrimentos portugueses.
Tágides minhas: “minhas queridas Tágides”
Pois: leia-se “visto que” (locução conjuntiva de “razão”, “motivo”)
Foi de mim: “foi por mim”
Porque de vossas águas: “para que”. Quando a um verbo declarativo ou sensitivo se liga uma oração substantiva, é vulgar nos escritores antigos por na oração subordinante, precedido da preposição “de” (na acepção de “a respeito de”) o nome da pessoa ou coisa a que se refere a ação do verbo da subordinada.
Novo engenho: “novo talento”
Corrente: “fluente”
Phebo: um dos nomes greco-romanos de Apolo, deus da Poesia
Hipocrene: nome de fonte grega famosa, cujas águas davam inspiração poética. É símbolo da inspiração poética. O Poeta deseja que os seus versos sejam tão formosos como os dos célebres poetas gregos.
Verso humilde: em respeito às composições bucólicas
Leia também: Letramento: Lusíadas, Canto I, 3