Cesar Augusto Cavazzola Junior
Eu: Morte, minha amiga
Companhia a confessar
A história de uma vida
Sem ousar me lastimar.
Morte: Aqui estou, caro solitário
Venho em seu chamado
Da sorte, destinatário
Pelo grito ora aclamado.
Eu: Amiga que jaz os homens
Seja assim bem-vinda
Desde que no mundo nasci
Fora a dama mais temida.
Morte: Saiba que há um chamado
Para tudo nesta vida
Diga-me, em tal estado
Se da coragem necessita?
Eu: Como posso dar partida?
Morte: Tanto o que quiser dizer.
Eu: Aponte-me o rumo, em despedida
Morte: A nobreza do viver.