Ministério da Cultura cogita implementar formação de educadores em linguagem neutra

A proposta de implementação da linguagem neutra como parte da formação cultural e educacional é um equívoco que merece ser questionado e criticado. A inclusão dessa pauta no Plano Nacional de Cultura (PNC) reflete uma preocupante influência da ideologia de gênero na formulação de políticas públicas, colocando em risco não apenas a integridade da língua portuguesa, mas também princípios fundamentais da sociedade.

A linguagem neutra, advogada por alguns setores que abraçam a ideologia de gênero, propõe uma reconfiguração arbitrária e desnecessária da estrutura linguística, substituindo termos como “todos” e “todas” por “todes” ou “todxs” e modificando a morfologia de palavras para refletir supostos gêneros não-binários. Tal proposta não apenas viola a organicidade e a riqueza da língua portuguesa, mas também ignora a sua função primordial de comunicação clara e eficaz.

Além disso, a defesa da linguagem neutra está intrinsecamente ligada à militância política da ideologia de gênero, que, por sua vez, desafia conceitos fundamentais enraizados na biologia e na cultura. A promoção de uma visão de gênero dissociada do sexo biológico contradiz não só preceitos científicos estabelecidos, mas também valores morais e religiosos compartilhados por muitas pessoas.

É preocupante que o Ministério da Cultura e o Conselho Nacional de Política Cultural (CNPC) estejam direcionando recursos e esforços para a implementação de uma agenda ideológica que não reflete os interesses e as necessidades da sociedade como um todo. Em vez de investir em políticas culturais que promovam a diversidade cultural de forma autêntica e inclusiva, o foco está sendo desviado para uma agenda que visa impor uma visão particular e controversa sobre identidade de gênero.

É importante ressaltar que a inclusão da linguagem neutra como parte da formação cultural e educacional não apenas desvia recursos valiosos, mas também pode gerar confusão e divisão na sociedade. Em vez de promover o diálogo e a compreensão mútua, essa abordagem tende a polarizar ainda mais os debates em torno de questões de gênero, alimentando conflitos e ressentimentos.

Diante disso, é fundamental que a sociedade esteja atenta e se posicione de forma crítica em relação à imposição da linguagem neutra como parte das políticas culturais. Devemos defender a integridade da língua portuguesa e resistir a tentativas de instrumentalizá-la para promover agendas ideológicas controversas.

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